Erro
  • DB function failed with error number 1142
    CREATE command denied to user 'pe_user'@'localhost' for table 'jos_vvisitcounter' SQL=CREATE TABLE IF NOT EXISTS jos_vvisitcounter ( id int(11) unsigned NOT NULL AUTO_INCREMENT, tm int NOT NULL, ip varchar(16) NOT NULL DEFAULT '0.0.0.0', PRIMARY KEY (`id`) ) ENGINE=MyISAM AUTO_INCREMENT=1;
  • DB function failed with error number 145
    Table '.\pesquisaescolar\jos_vvisitcounter' is marked as crashed and should be repaired SQL=INSERT INTO jos_vvisitcounter (id, tm, ip) VALUES ('', '1686175316', '44.200.82.149')
  • DB function failed with error number 145
    Table '.\pesquisaescolar\jos_vvisitcounter' is marked as crashed and should be repaired SQL=SELECT MAX(id) FROM jos_vvisitcounter
  • DB function failed with error number 145
    Table '.\pesquisaescolar\jos_vvisitcounter' is marked as crashed and should be repaired SQL=SELECT COUNT(*) FROM jos_vvisitcounter WHERE tm >= '1686106800'
Home
Zumbi dos Palmares

Lúcia Gaspar

Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco

Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.

 

 

Zumbi, comandante guerrreiro

 

Ogunhê, ferreiro-mor, capitão

 

Da capitania da minha cabeça

 

Mandai a alforria pro meu coração

 

 

 

(...) Brasil, meu Brasil brasileiro

 

Meu grande terreiro, meu berço nação

 

Zumbi protetor, guardião padroeiro

 

Mandai a alforria pro meu coração.

 

 

(A felicidade guerreira: Waly Salomão e Gilberto Gil).

 

 

A vida de Zumbi, o rei do Quilombo dos Palmares, é pouco conhecida e envolta em mitos e discussões.

 

Descendente de guerreiros imbamgalas ou jagas, de Angola, Zumbi nasceu provavelmente no início de 1655, numa das aldeias do quilombo de Palmares.

 

Aprisionado com poucos dias de vida, pelos soldados da expedição enviada a Palmares sob o comando de Brás da Rocha Cardoso, foi entregue ao padre português Antônio Melo, do distrito de Porto Calvo, Alagoas, que o criou e batizou dando-lhe o nome de Francisco.

 

O padre ensinou-lhe a ler e escrever português e latim. Aos dez anos tornou-o seu coroinha e o elogiava dizendo que o menino era dono de “um engenho jamais imaginado na sua raça e que bem poucas vezes encontrara em brancos”.

 

Quando tinha 15 anos, em 1670, Francisco fugiu da casa do padre e voltou para sua gente e suas origens no Quilombo de Palmares, trocando seu nome cristão de Francisco pelo nome africano Zumbi.

 

Não se sabe com certeza o significado etimológico e histórico do nome do rei de Palmares. Há na mitologia religiosa africana uma divindade suprema chamada Nzambi (Nyambi, Nyame), assim como existe também o termo Zombi (nzumbi) que em Angola significa defunto . Alguns cronistas também falam que significaria “deus da guerra “ ou até “morto-vivo”. Não existe, no entanto, uma comprovação definitiva sobre a origem da adoção do nome.

 

Zumbi teve pelo menos cinco filhos, mas não há registro histórico suficiente para comprovar a tese tradicional que ele teria se casado com uma mulher branca de nome Maria.

 

O nome de Zumbi apareceu pela primeira vez em documentos portugueses, em 1673, quando uma expedição chefiada por Jácome Bezerra foi desbaratada.

 

Tornou-se um grande guerreiro e estrategista militar na luta para defender Palmares contra os soldados portugueses. Foi ferido com um tiro na perna, em 1676, em um combate contra as tropas de Manuel Lopes Galvão.

 

Em 1678, após o acordo de paz assinado por Ganga-Zumba, então o chefe dos Palmares, com o governo de Pernambuco, Zumbi rompeu com ele e foi aclamado como Grande Chefe pelos palmarinos que também não aceitaram o acordo.

 

Subordinou toda a vida do quilombo em função das exigências da guerra: deslocou povoações para locais mais remotos; incorporou e treinou para a luta todos os homens válidos ; aumentou os postos de vigilância e observação; reuniu armas e munições e reforçou as fortificações da aldeia do Macaco ouCerco Real, o quartel-general do quilombo, tornou-a quase inexpugnável e decretou a lei marcial: quem tentasse deserdar seria morto.

 

Durante os anos de 1680 a 1691, Zumbi conseguiu derrotar todas as expedições enviadas contra o quilombo dos Palmares.

 

Em 1692, a aldeia do Macaco foi atacada por Domingos Jorge Velho que teve suas tropas arrasadas. O quilombo ficou sitiado, mas só capitulou no dia 6 de fevereiro de 1694, quando o exército português, bastante reforçado, conseguiu invadir o local derrotando os quilombolas.

 

Baleado, Zumbi caiu num desfiladeiro, o que deu origem ao boato que o herói tinha se suicidado para evitar a reescravização. Entretanto, ele conseguiu escapar e, em 1695, voltou a aparecer, atacando algumas povoações em Pernambuco, provando que não havia morrido.

 

Só foi capturado, no entanto, no dia 20 de novembro de 1695. Traído por um dos seus principais comandantes, Antônio Soares, que revelou o esconderijo de Zumbi em troca da liberdade, foi morto, esquartejado e teve a sua cabeça exposta em praça pública na cidade de Olinda.

 

Atualmente, no dia 20 de novembro, é comemorado no Brasil o dia da Consciência Negra.

 

 

 

Recife, 21 de dezembro de 2004.

Atualizado em 9 de setembro de 2009.

 

 

 

 

FONTES CONSULTADAS:

 

 

 

 

BEZERRA NETO, [José]. Zumbi: o deus negro dos Palmares. Maceió: [s.n.], 2002. 155p.

 

 

DÉCIO, Freitas. Palmares: a guerra dos escravos. 4.ed. Rio de Janeiro: Graal, 1982. p.123-132.

 

 

SILVA, Fernando Carreia da. Zumbi dos Palmares: libertador dos escravos: 1655-1695. Disponível em: <http://vidaslusofonas.pt/zumbi_dos_palmares.htm> Acesso em: 16 nov. 2004.

 

 

ZUMBI dos Palmares [Foto neste texto]. Disponível em: <https://istoe.com.br/393252_CONHECA+ZUMBI+DOS+PALMARES+E+ENTENDA+A+CONSCIENCIA+NEGRA/>.Acesso em 04 fev. 2020.

 

 

 

 

 

 

COMO CITAR ESTE TEXTO:

 

 

 

 

Fonte: GASPAR, Lúcia. Zumbi dos Palmares. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: dia  mês ano. Ex: 6 ago. 2009.

 

Copyright © 2023 Fundação Joaquim Nabuco. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido pela Fundação Joaquim Nabuco