Tejipió (Bairro, Recife) |
Semira Adler Vainsencher Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco Chama-se Tejipió, desde o século XVII, a grande extensão de terra existente na margem esquerda do rio Tejipió. Este rio nascia em um lugar chamado Manucaia, no extremo da freguesia da Várzea, município do Recife com o de São Lourenço da Mata, atravessava as terras dos engenhos São Francisco e São João, banhava o engenho Jangadinha, recebia o ribeiro Pacheco (que vinha do engenho Sucupira Torta), e atravessava as terras dos engenhos Peres, Uchoa e Ibúra. Seguia pelo Cabo, fazia uma curva para desembocar na ponte do Motocolombó, indo desaguar no mar, a leste da ilha do Nogueira, em um lugar chamado Mercatudo. Neste local, segundo a Descrição de Pernambuco de 1746, existiam quatro curtumes de sola, com 42 escravos. Vale registrar, apenas a título de ilustração, que Castro Alves morou no Barro - caminho de Tejipió -, com Eugênia Câmara, o maior amor de sua vida. Portuguesa de nascimento e dez anos mais velha que o poeta, ela era considerada a melhor atriz do Império. Foi por ele homenageada em versos, no Teatro Santa Isabel.
Recife, 24 de julho de 2003.
FONTES CONSULTADAS:
FRANCA, Rubem. Monumentos do Recife: estátuas e bustos, igrejas e prédios, lápides, placas e inscrições históricas do Recife. Recife: Secretaria de Educação e Cultura, 1977. GUERRA, Flávio. Velhas igrejas e subúrbios históricos. Recife: Fundação Guararapes, 1970.
COMO CITAR ESTE TEXTO:
Fonte: VAINSENCHER, Semira Adler. Tejipió (bairro, Recife). Pesquisa Escolar Onlline, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: dia mês ano. Ex: 6 ago. 2009.
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