Rio São Francisco |
Regina Coeli Vieira Machado Servidora da Fundação Joaquim Nabuco Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.
O rio São Francisco, denominado "rio da unidade nacional"representa a força de todas as correntes étnicas do Brasil, porque uniu as raças desde as camadas humanas mais antigas às estruturas étnicas e políticas mais recentes do País. Aproxima o sertão do litoral e integra homens e culturas.
Foi descoberto em 4 de outubro de 1501, pelos viajantes Américo Vespúcio e André Gonçalves. Os índios que habitavam a região chamavam-no de Opara, que significa rio-mar. Recebeu o nome de São Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, nascido na Itália 319 anos antes do seu descobrimento.
Ele nasce na serra da Canastra no município de Piumi, oeste de Minas Gerais e desemboca na Praia do Peba no estado de Alagoas (margem esquerda) e na praia do Cabeço, no estado de Sergipe (margem direita). É conhecido também como Rio dos Currais por ter servido de trilha para transporte e criação de gado na época colonial, ligando a região Nordeste às regiões Centro-Oeste e Sudeste.
É considerado o terceiro maior rio do Brasil, possui 3.163 quilômetros de extensão e sua bacia possui 640.000 quilômetros quadrados de área, o que eqüivale a sete vezes o território de Portugal.
Há alguns anos, vários problemas de natureza social e econômica vêm afetando o percurso natural do rio, como o assoreamento, o desmatamento de suas várzeas, a poluição, a pesca predatória, as queimadas, o garimpo e a irrigação. Quinhentos anos depois de seu descobrimento, o rio São Francisco é, ainda hoje, o principal recurso natural que impulsiona o desenvolvimento regional, gerando energia elétrica para abastecer todo o Nordeste e parte do estado de Minas Gerais, através das hidrelétricas de Paulo Afonso, Xingó, Itaparica, Sobradinho e Três Marias. Diante de sua extraordinária importância para o Brasil, no decorrer desses 500 anos de exploração, o Velho Chico necessita de um melhor tratamento. A sua preservação espacial se faz necessária e urgente, para que ele possa ser útil também às futuras gerações. Recife, 11 de julho de 2003. (Atualizado em 31 de agosto de 2009).
FONTES CONSULTADAS:
ÁVILA, Gabriela Martin. O rio São Francisco: a natureza e o homem. Recife: Chesf, 1998. Não paginado.
BERGAMINI, José. Rio São Francisco, sua história e estórias. Belo Horizonte: Comunicação, 1976.
MEDEIROS NETO, Luiz. História do São Francisco. Maceió: Casa Ramalho, 1941.
MÉDIO São Francisco: da potencialidade à realidade. Belo Horizonte: Fundação Laura de Andrade/ Grupo Gutierrez, 1986.
SÃO Francisco: o rio da unidade, a river for unity. 2.ed. [Brasília]: Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, 1978. Texto em português e inglês.
COMO CITAR ESTE TEXTO:
Fonte: MACHADO, Regina Coeli Vieira. Rio São Francisco. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/ >. Acesso em: dia mês ano. Ex: 6 ago. 2009. |