Ginásio Pernambucano |
Lúcia Gaspar Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.
Foi fundado no dia 1º de setembro de 1825, por decreto do presidente da província de Pernambuco, José Carlos Mayrink, sob o nome de Liceu Provincial de Pernambuco, numa das dependências do convento do Carmo.
Seu primeiro diretor foi o frade beneditino Miguel do Sacramento Lopes Gama, mais tarde apelidado de Padre Carapuceiro.
Poucas instituições mudaram tanto de nome e local de funcionamento como o Ginásio Pernambucano. Como Liceu funcionou, de 1844 a 1850, em um sobrado da rua Gervásio Pires; nos torreões da Alfândega; no primeiro andar da Companhia dos Operários Engajados; na casa das sessões do Juri; na rua da Praia e no Pátio do Paraíso. Em 1850, mudou-se para a rua do Hospício, para o prédio onde funcionou depois a Escola de Engenharia, permanecendo naquele local por 16 anos.
Em 14 de maio de 1855, uma Lei converte o Liceu Provincial de Pernambuco em um internato de educação pública, e de instrução secundária, sob o título de Ginásio Pernambucano.
A pedra fundamental para o novo prédio, a ser construído na Rua da Aurora foi lançada em 14 de agosto de 1855.
O projeto do prédio é de autoria do engenheiro José Mamede Alves Ferreira, formado pela Escola de Engenharia de Paris. No projeto original o edifício figurava com dois andares, mas o projeto foi mutilado, levantando-se apenas o pavimento térreo, sacrificando-se, por medida de economia, os outros dois. Só em 1857, foi acrescentado um pavimento superior.
Em 1859, o Ginásio Pernambucano recebeu a visita do Imperador Dom Pedro II.
Com o prédio ainda inacabado, em 20 de dezembro de 1866, o Ginásio Pernambucano se instala, definitivamente, na rua da Aurora.
No governo de Alexandre José Barbosa Lima, através de um Decreto de 1º de janeiro de 1893, passou a chamar-se Instituto Benjamim Constant, fazendo-se a fusão do Ginásio com a Escola Normal, abolindo o internato e agregando vários cursos de caráter científico e profissional.
Em junho de 1899, o Instituto foi extinto, voltando o nome Ginásio Pernambucano que permaneceu até 1942, quando passou a ser o Colégio Pernambucano e depois Colégio Estadual. Voltou a ser denominado Ginásio Pernambucano pelo Decreto nº 3.432, de 31 de dezembro de 1974.
O Ginásio possuía um Museu de História Natural, organizado pelo naturalista francês Louis Brunet, uma Biblioteca, fundada pelo professor João Regueira Costa e uma capela, construída por iniciativa do padre Francisco Rochael, onde eram rezadas missas aos domingos e dias santos.
Foi um dos mais famosos educandários de Pernambuco, reconhecido, principalmente, pela qualidade dos seus professores.
Recife, 1º de julho de 2003. Atualizado em 28 de agosto de 2009.
FONTES CONSULTADAS:
FRANCA, Rubem. Monumentos do Recife. Recife: Governo de Pernambuco, SEC, 1977. p.142-147.
MONTENEGRO, Olívio. Memórias do Ginásio Pernambucano. Recife: Assembléia Legislativa de Pernambuco, 1979.
PEREIRA, Nilo. Centenário do Ginásio Pernambucano. Recife: [s. n.] 1956.
COMO CITAR ESTE TEXTO:
Fonte: GASPAR, Lúcia. Ginásio Pernambucano. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: dia mês ano. Ex: 6 ago. 2009.
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