Liceu de Artes e Oficios, Recife |
Lúcia Gaspar Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo. ![]() A pedra fundamental do prédio foi lançada no dia 23 de abril de 1871 e sua inauguração ocorreu em 21 de novembro de 1880, no 39º aniversário da Sociedade. Localizado na Praça da República, n. 281, ao lado do Teatro Santa Isabel, é um projeto do engenheiro pernambucano José Tibúrcio Pereira de Magalhães, autor de outros importantes edifícios recifenses, como o da Assembléia Provincial, atual Assembléia Legislativa de Pernambuco. Em estilo classicista imperial, inspirado no neoclassicismo francês, o prédio é composto de dois pavimentos. A fachada sofreu pequenas modificações durante a construção e também no século XX, mas não chegaram a causar uma grande desfiguração do projeto de Magalhães. A escadaria única, localizada no centro da fachada do projeto original, foi trocada por uma dupla e simétrica. Trabalhada em mármore e com guarda-corpo em ferro, leva ao pavimento superior onde existem dois grandes salões. Semelhante a um porão, o térreo possui um pé direito muito baixo. Sua fachada é marcada por pilastras que vão até a platibanda (mureta de alvenaria que contorna o topo das paredes externas e se destina a proteger, camuflar ou ornamentar a fachada), que são arrematadas por pináculos (cumes) de cimento. Como uma das instituições que prestava um serviço à educação popular no Recife, o Liceu ministrava aulas de desenho, música, pintura, marcenaria, arquitetura, aritmética, alfabetização. Possuía uma biblioteca com algumas obras raras e um museu com um bom acervo. Em 1902, em uma de suas salas, aconteceu uma exposição de arte realizada pelo Grêmio Artístico Crispim do Amaral, onde foram expostos trabalhos a crayon, guache, nankim, óleo e aquarela. O prédio, em bom estado de conservação e tombado pelo Estado de Pernabuco, faz parte do sítio histórico da Praça da República e possui um grande valor histórico, arquitetônico e cultural, tendo contribuído muito para a formação de diversas gerações de jovens na cidade. Extinto em 1950, o edifício e o acervo do Liceu estão, atualmente, sob a responsabilidade da Universidade Católica de Pernambuco, que o utiliza como colégio. Recife, 12 de abril de 2007. (Atualizado em 28 de agosto de 2009). FONTES CONSULTADAS: FRANCA, Rubem. Monumentos do Recife: estátuas e bustos, igrejas e prédios, lápides, placas e inscrições históricas do Recife. Recife: Governo de Pernambuco. Secretaria de Educação e Cultura, 1977. GALVÃO, Sebastião de Vasconcellos. Lyceo de Artes e Officios. Almanach de Pernambuco, Recife, ano4, p.49-50, 1902. LICEU de Artes e Ofícios. Disponível em: <http://www.pe-az.com.br/educacao/liceo_artes_oficios.htm> Acesso em: 2 abr. 2007. LICEU de Artes e Ofícios. Disponível em: <http://www.cultura.pe.gov.br/patrimonio10_liceu.html> Acesso em:10 abr. 2007 LICEU de Artes e Ofícios. Disponível em: <http://www.cee.pe.gov.br/p06_118.doc> Acesso em : 11 abr. 2007. SOUSA, Alberto. O classicismo arquitetônico no Recife imperial.João Pessoa: Ed. Da UFPB; Salvador; Fundação João Fernandes da Cunha, 2000. COMO CITAR ESTE TEXTO: Fonte: GASPAR, Lúcia. Liceu de Artes e Ofícios, Recife, PE. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em:<http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar>. Acesso em: dia mês ano. Ex: 6 ago. 2009. |