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Jangada

Maria do Carmo Andrade

Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco

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Pode-se dizer que jangada é uma armação feita com madeiras de um navio para salvamento dos náufragos; construção em forma de grade de madeira para transporte sobre a  água; embarcação típica dos pescadores do Norte e Nordeste do Brasil, feita geralmente de cinco paus roliços, solidamente ligados entre si e com um mastro.

 

Foi na Índia que os portugueses viram uma pequena embarcação chamada de janga. Eram três ou quatro paus amarrados com fibras vegetais ou seguros com madeira em forma de grade.

 

Os portugueses escreveram jangá e ainda changgh e xanga. Jangada (chabgadam) é o aumentativo, ou seja, a janga grande, com cinco e seis paus.

 

Nos idos de 1500, quando os portugueses chegaram ao Brasil, viram que apiperi ou a igapeba usada pelos indígenas era igual à jangada vista por eles na Índia, então começaram a chamar a piperi de jangada, que era o nome já conhecido por eles e registrado em livros da época.

 

As piperis dos indígenas brasileiros eram feitas de cinco ou seis paus redondos  e bem amarrados com cipós. O remo era chamado de jacumã.

 

Com o passar do tempo, foram surgindo, de acordo com as necessidades, vários tipos de jangada, a exemplo das jangadas à vela, com maior capacidade de navegação e as destinadas a pescaria mais produtiva.

 

Os tipos mais populares no Nordeste brasileiro, que é uma região tradicional no uso de jangadas, são o bote, o piquête e a jangada grande. A maior delas é a de sete paus e, excepcionalmente, há algumas de dez. A mais popular é a de seis, embora o modelo histórico fosse de quatro paus.

 

Vários tipos de madeira são usados na construção da jangada, destacando-se o pau-de-jangada ou mulungu, tiliácea, apeíba, tibourbou e outros. A jangada deve ser construída na água, para que os paus não se desunam com a imersão, Não é permitido uso de pregos, eles podem enferrujar e estragar a madeira podendo causar acidentes.

 

A tripulação das jangadas pequenas é formada pelo mestre e pelo ajudante. Nas maiores, a tripulação chega a quatro homens: o mestre, que comanda a embarcação; o proeiro, que sustenta a corda da jangada e molha a vela quando vai da terra para o alto mar; bico-de-proa, que molha a vela quando a jangada vem do mar para a terra; e o contra-bico,  (que é chamado de rebique, no Ceará) é o pescador que fica na parte mais anterior da jangada durante as pescarias.

 

  Para dividir o pescado os tripulantes costumam marcar os peixes. Os peixes sem marca (inteiros) são do mestre, os cortados em uma ponta da cauda são do proeiro, os cortados a cauda inteira são do bico-de-proa, e os peixes riscados na cabeça são do contra-bico.

 

  A expressão botar pra maré significa ir, viajar, ir pescar e dar de vela,significa voltar.

 

  A jangada, embora seja considerada a embarcação mais antiga, existe até hoje com a mesma finalidade e guarda as mesmas características da jangada primitiva.

 

 

Recife, 26 de abril de 2004.

(Atualizado em 9 de setembro de 2009).

 

 

FONTES CONSULTADAS:

 

CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1954.

 

______. Jangada: uma pesquisa etnográfica. 2.ed. Rio de Janeiro: Ed. Letras e Artes, 1964.

 

GRANDE Enciclopédia Larousse Cultural.[São Paulo]: Nova Cultural, 1998.

 

 

COMO CITAR ESTE TEXTO:

 

Fonte: ANDRADE, Maria do Carmo. JangadaPesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: dia  mês ano. Ex: 6 ago. 2009.

 

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