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São José (Recife, Bairro)

Lúcia Gaspar

Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco

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"República soberana de São José, íntima do Capibaribe e do mar-oceano,

                    verticalizada nas torres de suas igrejas que refletem o céu dos tempos.”

                                                                   Amílcar Dória Matos

   

          

         

O bairro de São José, um dos mais antigos e tradicionais bairros do Recife, possui uma área de 178 hectares e uma população de 8.653 habitantes (Censo de 2000, do IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Nos seus primórdios, o local correspondia junto com o bairro de Santo Antônio, ao que já foi a ilha de André de Albuquerque.

        

O bairro foi desmembrado da freguesia do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio, através da Lei Provincial nº 132, de 2 de maio de 1844.  Durante um certo período, foi chamado de Campina do Taborda.

No início era habitado por pescadores e na área existiam as famosas “Cacimbas de Ambrósio Machado”, próximo das quais os holandeses construíram, em 1630, o forte Frederico Henrique, hoje denominado Forte das Cinco Pontas.

Situado na parte central e mais urbana da cidade tem como referências o Mercado de São José; o estuário do Pina; a antiga Casa de Detenção, hoje transformada em Casa da Cultura; a Estação Central, onde hoje se encontra o Museu do Trem; a praça Sergio Loreto e, sua espinha dorsal, as ruas da Concórdia e Imperial.

 

Onde atualmente se encontra a praça do mercado de São José, existia, em 1787, um pequeno comércio de verduras e frutas conhecido como a Ribeira de São José.

           
Foi no bairro de São José que, em 1825, Antonio José de Miranda Falcão, montou uma tipografia e fundou o Diario de Pernambuco, o jornal mais antigo em circulação da América Latina.

Na década de 1930, era habitado por comerciantes, funcionários públicos, comerciários, portuários e outros representantes da classe média do Recife. Porém, há muito tempo, o bairro deixou de ser uma zona eminentemente residencial. São poucas as famílias que lá residem e não existem mais quintais e hortas como antigamente. A rua das Calçadas se transformou em uma área movimentada de comércio na cidade.

O carnaval do Recife tem muitas de suas tradições ligadas ao bairro. Além dos blocos Batutas de São José, Donzelos, Traquinas de São José, Prato Misterioso, Pão Duro, entre outros, foi sede de importantes clubes carnavalescos como o Clube das Pás Douradas, dos Vasculhadores e do Clube Vassourinhas, apelidado carinhosamente de “Camelo de São José”, além da escola de samba Estudantes de São José, que como o nome diz, foi criada pelos estudantes da vizinhança.

Os ensaios de rua dessas agremiações, antes do carnaval, levavam multidões às ruas do bairro, dançando o frevo e cantando as músicas da época na maior animação.

É do bairro também que sai, desde 1977, no sábado de Zé Pereira “o maior bloco carnavalesco do mundo”O Galo da Madrugada, anunciando a chegada de Momo.

Ao longo do bairro se encontram várias igrejas como a Basílica da Penha, construída pelos capuchinhos franceses em 1656; a de São José, edificada em 1864 e cujo padroeiro deu seu nome ao bairro; a de Nossa Senhora do Terço; a de São José de Ribamar, localizada próximo ao cais de Santa Rita e, antigamente também, a dos Martírios, demolida em nome do desenvolvimento urbano.

O bairro possuía quatro cinemas, o Moderno, na praça Joaquim Nabuco, o São José, na rua das Calçadas, o Ideal, na Vidal de Negreiros e o Glória, na praça do Mercado, o único que ainda resiste, mas onde somente se apresentam filmes da linha pornô.

No local da atual avenida Engenheiro José Estelita, em frente ao estuário do Pina, havia apenas um caminho de terra batida ou de areia da praia, onde circulavam – e às vezes atolavam – carros e carroças puxadas a cavalo e transportadoras de feno. Na área também se jogava futebol, se empinava papagaio e quando a maré baixava, boa parte do local se transformava em mangue, onde muitas pessoas iam, com seus ganchos e latas, pescar crustáceos.

Pelas ruas do bairro era realizada, antigamente, a Corrida da Fogueira. Começava no largo da Paz, em Afogados, passava por toda a rua Imperial, dobrando à esquerda na praça Sérgio Loreto, seguindo pela rua da Concórdia, rua do Sol e tendo seu ponto final na avenida Rosa e Silva, na sede do Clube Náutico Capibaribe, promotor do evento. Durante todo o trajeto, havia pelas calçadas uma grande quantidade de curiosos e torcedores que aplaudia, brincava e xingava os concorrentes.

Hoje, o velho bairro de São José encontra-se desfigurado, com alguns imóveis em ruínas, problemas sociais, de higiene urbana e de trânsito. Como um patrimônio da cidade do Recife e dos recifenses merece ser restaurado e preservado.

 

Recife,  29 de junho de 2004.

(Atualizado em 31 de agosto de 2009).

 

 

 

FONTES CONSULTADAS:

 

CAVALCANTI, Carlos Bezerra. O Recife e seus bairros. Recife: Câmara Municipal, 1998. 166p.

 

IBGE. Censo demográfico 2000. Brasília, DF, 2000.

 

MATOS, Almícar Dória. Bairro de São José: um itinerário de saudade. Recife: Comunigraf; Prefeitura da Cidade do Recife, 1997.

 

RECIFE. Prefeitura. Perfil municipal: histórico e evolução urbana. Recife, 1989.

 

SILVA, Leonardo Dantas. Carnaval Do Recife. Recife: Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 2000. 321p.

 

 

COMO CITAR ESTE TEXTO:

 

Fonte: GASPAR, Lúcia. São José (Recife, bairro). Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: dia  mês ano. Ex: 6 ago. 2009.

 

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