Mamulengo |
Lúcia Gaspar Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco
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Os bonecos são conhecidos por diversos nomes em várias regiões do Brasil:Briguela ou João Minhoca, em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo;João Redondo, no Rio Grande do Norte; Mané Gostoso, na Bahia; Babau, na Paraíba e em alguns locais da zona da mata em Pernambuco e também Benedito, em outras partes do Estado. Durante a Idade Média, a Igreja Católica usou o teatro de marionetes para difundir o espírito religioso, criando uma forma de espetáculo que foi também denominado de Presépio. As "estórias" são geralmente improvisadas, com diálogos inventados na hora, de acordo com as circunstâncias e a reação do público, misturando bichos - cobras, bois, cachorros, onças - gente - vaqueiros, latifundiários, bandidos e entidades sobrenaturais como, o Diabo, a Alma, a Morte. Os personagens do mamulengo chamam-se geralmente Benedito, Cabo 70, Professor Tiridá, João Rodondo e são, na sua maioria negros, figurando quase sempre um vilão de cor branca. Pernambuco é o único estado onde se pode acompanhar com mais precisão a história do desenvolvimento do mamulengo no Brasil. Existem vários mamulengueiros ou titereiros famosos no Estado como o Doutor Babau, Cheiroso (porque também fabricava perfumes baratos, além de bonecos), Mestre Ginú, entre outros. Recife, 18 de julho de 2003. Ilustração de Rosinha. FONTES CONSULTADAS: BORBA FILHO, Hermilo. Fisionomia e espírito do mamulengo: o teatro popular do Nordeste. São Paulo : Companhia Editora Nacional; Edusp, 1966. (Brasiliana, v.332) REIS, João Santiago dos. Folclore. Recife: Prefeitura da Cidade do Recife, 1983. p.7-8. Mimeografado.
COMO CITAR ESTE TEXTO: Fonte: Gaspar, Lúcia. Mamulengo. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/> . Acesso em: dia mês ano. Ex: 6 ago. 2009. |