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Jackson do Pandeiro

Lúcia Gaspar
Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco
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Jackson e Luiz Gonzaga representam o que há de mais importante na música nordestina. Gonzaga tinha um traço mais rural, enquanto Jackson representava o Nordeste urbano.
(Gilberto Gil, Folha de S. Paulo, 13 maio 1998). 


Cantor, instrumentista e compositor, José Gomes Filho, conhecido como Jackson do Pandeiro, nasceu em Alagoa Grande, Paraíba, no dia 31 de agosto de 1919, filho do oleiro José Gomes e da cantora de coco pernambucana Flora Mourão (Glória Maria da Conceição).

Aos oito anos, começou a tocar zabumba e passou a acompanhar sua mãe nas festas de Alagoa Grande.

Em 1932, após a morte de seu pai, mudou-se com a mãe e os irmãos para a cidade de Campina Grande, também na Paraíba, onde começou a trabalhar como entregador de pão e engraxate, para ajudar a sustentar a família.

Gostava de assistir aos emboladores de coco e repentistas na feira da cidade, assim como adorava cinema, principalmente os filmes de faroeste:

Na época eu brincava de artista, naquele tempo do cinema mudo. Então tinha aquele pessoal do faroeste, e todo menino fazia suas quadrilhas, de índio, de chefe de quadrilha, de bandido, e eu era então o Jack Perry. Comprei um chapelão de palha, um revólver de madeira, e a gente brincava. Depois fui crescendo, tinha que ajudar minha mãe a dar de comer à moçada e tive que trabalhar. Parei com a brincadeira mas fiquei com o nome Jack, só J-a-c-k. Comecei a tocar pandeiro e os caras: - Come que é, e aí, Jack, Jack do Pandeiro… Fiquei sendo Jack do Pandeiro.

Em 1936, aos 17 anos, largou o trabalho e foi ser substituto do baterista de um conjunto musical do Clube Ipiranga, sendo efetivado posteriormente como percussionista do grupo.

Em 1939, utilizando o nome artístico de Jack do Pandeiro, passou a fazer dupla com o irmão mais velho de Genival Lacerda, José Lacerda, começando a fazer sucesso em Campina Grande.

No início da década de 1940, mudou-se para João Pessoa, capital da Paraíba, onde continuou a tocar em cabarés, sendo depois contratado pela Rádio Tabajara, atuando com o nome artístico de Zé Jack.

Mudou-se para o Recife, Pernambuco, em 1948, para trabalhar na Rádio Jornal do Commercio, onde passou a adotar o nome artístico de Jackson do Pandeiro, considerado de maior efeito sonoro, formando uma dupla com o já famoso compositor e apresentador Rosil Cavalcanti.

Só conseguiu gravar seu primeiro disco pela Copacabana, em 1953, um compacto em 78 rpm, contendo dois dos seus maiores sucessos, Sebastiana, de autoria do seu companheiro Rosil Cavalcanti e Forró em Limoeiro, de Edgar Ferreira.


SEBASTIANA 


Convidei a comadre Sebastiana
Pra dançar e xaxar na Paraíba.
(coro repete)

Ela veio com uma dança diferente
E pulava que só uma guariba.
(coro repete)

E gritava: a, e, i, o, u, ipsilone...
(coro repete)

Já cansada no meio da brincadeira
E dançando fora do compasso
Segurei Sebastiana pelo braço
E gritei: Não faça sujeira
O xaxado esquentou na gafieira
Sebastiana não deu mais fracasso.

Mas gritava: a, e, i, o, u, ipsilone...
(coro repete)



FORRÓ EM LIMOEIRO


Eu fui pra Limoeiro
E gostei do forró de lá.
Eu vi um caboclo brejeiro
Tocando a sanfona, entrei no fuá.

No meio do forró houve um tereré
Disse o Mano Zé, aguenta o pagode
Todo mundo pode, gritou o Teixeira
Quem não tem peixeira briga no pé.

Foi quando eu vi a Dona Zezé
A mulher que é, diz que topa parada
De saia amarrada fazer cocó
E dizer: eu brigo com cabra canalha
Puxou da navalha e entrou no forró.

Eu que sou do morro, não choro, não corro,
Não peço socorro quando há chuá
Gosto de sambar na ponta da faca
Sou nego de raça e não quero apanhar.


Mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1954, fazendo sucesso com a música Forró em Limoeiro, na época, um campeão de vendagem de discos.

No Rio de Janeiro passa a se apresentar em programas de rádio nas emissoras Tupi e Mayrink Veiga, sendo contratado depois pela Rádio Nacional.

Em 1956, casou-se com Almira Castilho de Albuquerque, ex-professora, cantora e dançarina, com quem formou uma dupla de sucesso até 1967, quando o casamento acabou e a dupla se desfez. Foi Almira quem ensinou ao marido a escrever seu nome, além de estimulá-lo a levar sua música para além dos estados da Paraíba e Pernambuco. Casou pela segunda vez com a baiana Neuza Flores dos Anjos, separando-se também dela antes de morrer.

Jackson do Pandeiro também era compositor, porém grande parte das suas músicas ele colocou no nome da então esposa Almira Castilho. São da sua autoria alguns sucessos como Na base da chinela, em parceria com Rosil Cavalcanti; Aquilo bom, em colaboração com José Batista; Cantiga da perua, com Elias Soares; Cabeça feita, com Sebastião Batista, entre outras.

Gravou dezenas de músicas que fizeram sucesso nacional como O canto da ema (Ayres Vianna e João do Valle), Chiclete com banana (Gordurinha e Almira Castilho) e Cabo Tenório e Moxotó (Rosil Cavalcanti); 1 a 1 (Edgar Ferreira); Forró em Caruaru (ZeDantas); Como tem Zé na Paraíba (Manezinho Araújo e Catulo de Paula), Casaca de couro (Rui de Morais e Silva); Meu enxoval (Gordurinha e José Gomes);  17 na corrente (Edgar Ferreira e Manoel Firmino Alves); Coco do Norte (Rosil Cavalcanti);  O velho gagá (Almira Castilho e Paulo Gracindo), Vou ter um troço (Arnô Provenzano, Otolindo Lopes e Jackson do Pandeiro) entre muitos outros.

Sua extensa discografia, composta por 137 discos, foi gravada por grandes selos nacionais, como Copacabana (1953-1958), Columbia (1958-1960), Philips (1960-1965), Continental, Cantagalo, CBS, Chantecler, Polygram. 

Expoentes da Música Popular Brasileira, como Luiz Gonzaga, Alceu Valença, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, gravaram alguns dos seus sucessos.

Jackson do Pandeiro morreu no dia 10 de julho de 1982, em Brasília, D.F, sendo enterrado no dia seguinte no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro.


Recife, 30 de abril de 2010.
Atualizado em 14 de agosto de 2017.




FONTES CONSULTADAS:




FALA Jackson. Disponível em: <http://jacksondopandeiro.digi.com.br/livro.htm>. Acesso em: 27 abr. 2010.

JACKSON do Pandeiro: O suingue da voz de ouro da Paraíba. Disponível em: <http://:www.facom.ufba.br/pexsites/mucicanordestina/jacksonn3.thm>. Acesso em: 23 abr. 2010.

JACKSON do Pandeiro [Foto neste texto]. Disponível em: <http://www.noembalo.com.br/jackson-do-pandeiro__877.html>. Acesso em: 31 jul. 2012. 

JOSÉ Gomes Filho, o Jackson do Pandeiro . Disponível :em <http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_2436.html>. Acesso em: 23 abr. 2010.

OLIVEIRA, Antônio Kydelmir Dantas de. Os 3 pilares da música popular nordestina. Mossoró, RN: Fundação Vingt-Un Rosado, 1998. (Coleção mossoroense, série, B, n. 1562).




COMO CITAR ESTE TEXTO:




Fonte
: GASPAR, Lúcia. Jackson do Pandeiro. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: dia  mês ano. Ex: 6 ago. 2009. 

 

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